Publicado por: infoetecnologia | 12/12/2010

Convergência das mídias

Esse post foi elaborado a partir da leitura da Introdução do livro “Cultura da Convergência” – Henry Jenkins (2008), e de uma análise sobre os temas abordados no blog até agora e a possibilidade de convergir os elementos informacionais a fim de sistematizar a busca da informação.

As possibilidades de acesso ao mundo – notícias, novidades científicas, entretenimento – oferecidas pelo avanço tecnológico têm aumentado e transformado a relação dos consumidores – chamados por Jenkins (2008) de fãs – com os meios e com a cultura de modo geral. Cada vez mais é possível acessar o mesmo conteúdo através de diferentes meios como o celular, o notebook, o ipad, o iphone. Nessa perspectiva, Jenkins chama a atenção ao fato dos meios de distribuição mudarem, mas os meios de comunicação não. Portanto, as novas tecnologias não substituem as antigas, mas as funções destas estão sendo transformadas por aquelas. A convergência acontece no cérebro das pessoas, de quem consome novas mídias. Deste modo o autor coloca o fã como quem conduz o processo de mudanças tecnológicas.

Pode-se perceber essa questão ao pensar em algumas transformações: da fotografia analógica à digital, do vídeo e suas diferentes maneiras de explorar, dos jornais impressos aos digitais, o objetivo de comunicar não mudou, o que mudou foram os suportes.  

Diante dessa mudança de suportes e da nova maneira das informações fluírem o bibliotecário deve ver aí a necessidade de (re)organizar e disponibilizar a informação e acompanhar de perto essas transformações a fim de buscar melhorias e sistemas que possam compreender os diferentes suportes e meios informacionais. Deste modo será possível que haja mais eficiência no processo de busca e disponibilização da informação a quem precisa.

Neste sentido minha análise pessoal é que, pelo menos por enquanto, isso não será possível, pois ainda não se chegou a um sistema capaz de processar e reunir documentos que sejam de uma mesma “natureza” – fotos, vídeos, artigos científicos. Isso ainda não foi possível porque, como destaca Jenkins, não se sabe como as tecnologias serão utilizadas e provavelmente tão cedo não se saberá (quem dirá qual a real usabilidade das tecnologias é quem as consome), por isso pensar num sistema tão integrado eu considero um tanto quanto utópico. Por outro lado, a tecnologia pode sim nos propiciar programas capazes de reunir grande parte do conteúdo, com um processamento ágil e com sistemas de busca e recuperação da informação mais eficientes do que temos hoje, havendo constantes melhorias facilitando ao bibliotecário e ao usuário.

Referências

JENKINS, Henry. Introdução: “venere no altar da convergência”. In: Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

Publicado por: infoetecnologia | 28/11/2010

Redes sociais e comunidades virtuais

Redes sociais e comunidades virtuais são uma possibilidade de interatividade muito crescente. A Web 2.0 tem essa proposta de Web Social, onde as pessoas possam construir conhecimento juntas e trocar experiências de acordo com seus interesses tanto pessoais quanto profissionais.

Segundo Costa (2005), essa perspectiva nova oportunizada pela internet e as redes que podemos construir, (re)configura o significado de comunidade, que antes era limitada pelo tempo e espaço, e agora não tem esse tipo de limitação, basta ter interesse em participar desta ou daquela, de acordo com seus objetivos pessoais.

A participação em comunidades proporciona troca de experiências e conhecimentos. Desse modo, dúvidas sobre determinado assunto muitas vezes podem ser sanadas dentro da própria comunidade. Neste contexto ainda ele ressalta que: “As comunidades virtuais estariam funcionando, portanto, como verdadeiros filtros humanos inteligentes.” (COSTA, p. 245, 2005).

É possível encontrar comunidades e fóruns de discussão sobre os mais diversos assuntos permitindo que organizemos o que nos interessa e nos mantendo atualizados sobre o assunto.

As redes sociais mudaram a maneira de relacionamento social. Ao participar de uma rede social pode-se deixar claro qual o seu objetivo pessoal, se é se informar sobre mercado de trabalho, fazer amizades, discutir este ou aquele tema. É uma boa possibilidade para ampliar seus contatos pelo fato da rede ter essa característica da: “intencionalidade nos relacionamentos, os objetivos comuns explicitados e compartilhados.” (AMARAL, p. 2)

Como exemplo de rede, cito o LinkedIn, rede de negócios, onde é possível fazer e manter contatos profissionais, tanto entre empresas quanto pessoas. Além de poder fazer conexões internas e externas, pode-se inclusive procurar empregos e oferecer oportunidades de empregos. A rede foi lançada em maio de 2003 e em novembro de 2007 tinha mais de 16 milhões de usuários, hoje não mais de 85 milhões de profissionais. (WIKIPEDIA, 2010).

AMARAL, Viviane. Redes: uma nova forma de atuar.

 COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 9, n. 17, p. 235-248, mar./ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2010.

WIKIPEDIA. LinkedIn. 2010. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/LinkedIn>. Acesso em: 25 nov. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 22/11/2010

Webmuseus

Os avanços tecnológicos e o advento da internet possibilitaram uma nova perspectiva para os museus.

Eles que, de acordo com Oliveira (2007), podem ser de vários tipos, como o museu casa, edifício convertido, ao ar livre, podem ser agora também virtuais ou digitais. O museu foi apoderando-se dos espaços na web e hoje grande parte dos museus possui uma página na internet. “O crescimento explosivo da World Wide Web – com seus recursos multimidiáticos e do hipertexto – transformou a criação e a representação do objeto museológico, seja ele artístico ou não, em acervos digitais.” (OLIVEIRA, p. 152, 2007).

Carvalho (2008) classifica e conceitua os museus na internet em:

– museu folheto: que tem por objetivo informar seus visitantes sobre o museu;

– museu de conteúdo: oferece um retrato detalhado das coleções;

– museu do aprendizado: desenvolvido de maneira didática para que os visitantes possam contextualizar-se de maneira geral em sua visita, podendo servir como ‘convite’ a conhecer as obras reais;

-museu virtual: não possui obras físicas. Oferece informações sobre o acervo e conecta o visitante com outros acervos digitais.

As transformações ocorridas proporcionam acesso mais amplo às pessoas, permitindo alcançar maior número de visitantes cumprindo sua função de oportunizar acesso à cultura promovendo inclusão social.

WEB GALLETY OF ART

É um museu virtual, uma iniciativa particular sem fins lucrativos. O acervo é composto de pinturas e esculturas européias. Além das obras, há informações sobre os artistas, uma pequena biografia. O WGA oferece vários meios de busca e ferramentas interna, como: glossário de termos da área, pesquisa por autor – índice alfabético-, busca por período e período, sugestão de roteiros para a visitação, ouvir música durante a navegação, enviar cartão postal de alguma obra por email, baixar o catálogo, livro de visitas, página com as novidades, sessão relacionada ao direito autoral das obras, e um manual de navegação.

Gostei muito do site, achei o site completo e interessante, a possibilidade do uso de hipertexto faz com que a visita fiquei mais dinâmica dando autonomia ao visitante.

Referências

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na Internet e o visitante virtual. Museologia e Patrimônio, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/viewPDFInterstitial/8/4>. Acesso em: 17 nov. 2010.

OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. Comunicação e Sociedade, São Paulo, v. 12, p. 147-161, 2007. Disponível em: <http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/cs_um/article/view/4796/4509>. Acesso em: 17 nov. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 16/11/2010

Jornais digitais nacionais

Este post trata da mesma temática do post anterior: Jornais digitais.

Desta vez o destaque é para os jornais nacionais. Dentre vários disponíveis em formato digital, escolhi o EstadodeMinas.com.

O Estado de Minas foi fundado em 7 de março de 1928 e é um dos jornais de maior destaque de Minas Gerais. O jornal circula diariamente com cadernos fixos como: Economia, Política, Cultura, entre outros. E cadernos considerados suplementos, como: Turismo, Veículos, Emprego, Bem Viver, entre outros. A partir de 1929, o jornal passa a fazer arte dos Diários Associados – que é um conglomerado de empresas de mídia do Brasil. (Wikipedia, 2010).

É possível acessar o jornal através do link direto ou do Portal Uai, que reúne vários canais de comunicação mineiros. No Uai pode-se ter acesso ao Estado de Minas, onde é preciso ser assinante de um dos produtos do Portal para ter a informação na íntegra. Ainda pelo Portal, pode-se ter acesso à edição digital do Estado de Minas, que é paga assim como a edição impressa.

No EstadodeMinas.com é possível avaliar a notícia através de estrelinhas que vão até 5, com cadastro gratuito (que pede todas as informações possíveis da pessoa que está se cadastrando) é possível comentar as notícias. As informações que são de outras fontes – publicadas em outros jornais e portais tanto nacionais quanto internacionais – são devidamente identificadas. Como exemplo, a notícia “Avalanche de tablets invade o mercado brasileiro e pode desbancar os portáteis”, por Gustavo Braga – Correio Braziliense. O conteúdo da notícia trata dos novos portáteis que estão em alta no mercado e como estão tornando-se mais baratos devido à sua popularização. E dão uma idéia de como está a situação e aceitação dessas novas tecnologias.

Referências

BRAGA, Gustavo. Avalanche de tablets invade o mercado brasileiro e pode desbancar os portáteis. Estado de Minas, 15 nov. 2010. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2010/11/15/interna_tecnologia,192541/avalanche-de-tablets-invade-o-mercado-brasileiro-e-pode-desbancar-os-portateis.shtml>. Acesso em: 16 nov. 2010.

WIKIPEDIA. Estado de Minas. 2010. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_Minas>. Acesso em: 16 nov. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 08/11/2010

Jornais digitais internacionais

Os jornais, conforme abordado no post anterior, sofreram muitas modificações no seu formato e sua relação com o leitor. As possibilidades oferecidas pelas mídias digitais trazem mais dinamismo e atualização constante, quase que em tempo real. E é por esta facilidade de acesso oportunizada pelas versões online que o profissional da informação deve fazer uso desta ferramenta, oferecendo canais de informação de qualidade e atualizados.

O jornal El País, fundado em 4 de maio de 1976, tem sua edição online a partir da década de 1990. A partir de 2002, o conteúdo disponível passou a ser pago o que diminui muito o número de acessos fazendo com que, em 2005 o conteúdo voltasse a ser disponível quase que na sua totalidade. Apenas recursos de multimídia e periódicos estão disponíveis somente para assinantes. (Wikipedia, 2010).

A partir da notícia: Chrome leerá directamente los pdf, faço uma pequena análise do que pode ser explorado e aproveitado na versão online do jornal. É possível avaliar a informação através de estrelinhas que vão de 1 a 5; a notícia pode ser acessada em outros idiomas; há versão do texto de modo acessível para quem utiliza tecnologias assistivas; é possível ‘tuitar’ a notícia, em algumas pode-se fazer comentários. Dentro da estrutura do jornal, há uma sessão onde o leitor ‘entrevista’ o colunista, o que achei bem interessante também.


 

Referências:

CHROME leerá directamente los pdf. El País, 08 nov. 2010. Disponível em: <http://www.elpais.com/articulo/tecnologia/Chrome/leera/directamente/pdf/elpeputec/20101108elpeputec_4/Tes>. Acesso em: 08 nov. 2010.

WIKIPEDIA. El País. 2010. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Pa%C3%ADs_%28Espanha%29>. Acesso em: 08 nov. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 30/10/2010

Webjornalismo

A Internet tornou possível explorar de diferentes e mais dinâmicas formas a produção jornalística. Dessa forma, hoje é possível ter acesso à maioria dos jornais, acessando a internet, com a vantagem de obter informação atualizada ao longo do dia.

A possibilidade de atualização da informação em ‘tempo real’ fez com que o fluxo informacional aumentasse muito trazendo a necessidade de uma estruturação de armazenagem nova para que se possa ter eficiência no processo de busca a toda essa imensidão de informação divulgada diariamente.

Mielniczuk (2001) lista características inerentes ao webjornalismo (termo usado pela autora para designar o jornalismo na web), que trazem essa nova perspectiva de acesso e uso da informação jornalística, seriam elas: interatividade, customização, hipertextualidade, multimidialidade/convergência, memória.

Neste novo contexto informacional, onde além dos jornalistas qualquer pessoa pode disponibilizar informação na rede, há necessidade de uma ‘organização’ e como solução, surge a Web Semântica. O uso desta ‘linguagem’ que se utiliza de metadados para organizar/localizar a informação é possibilidade de ordenação para o grande fluxo de informação que o jornal digital – e claro, não só ele – está gerando. O profissional da informação deve fazer uso das tecnologias disponíveis e se fazer valer da utilização de espaço já existente para bibliotecas digitais, por exemplo. (Oliveira, 2002).

Passarelli (2009) chama a atenção para a atuação do bibliotecário nesse novo contexto de informação em que nos encontramos hoje e exemplifica com depoimentos de bibliotecárias de instituições de diferentes ramos onde todas destacam a importância de ter uma visão estratégica e de mercado para que possa saber buscar a informação que agregue aos objetivos das empresas.

Referências

MIELNICZUK, Luciana. Características e implicações do jornalismo na Web. Trabalho apresentado no II Congresso da SOPCOM. Lisboa, 2001. Disponível em: <http://200.18.45.42/professores/chmoraes/comunicacao-digital/13-2001_mielniczuk_caracteristicasimplicacoes.pdf>. Acesso em: 18 out. 2010.

OLIVEIRA, Rosa Maria Vivona Bertolini. Web semântica: Novo desafio para os profissionais da Informação. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 12., 2002, Recife. Anais. 2002. Disponível em: <http://www.sibi.ufrj.br/snbu/snbu2002/oralpdf/124.a.pdf&gt;.  Acesso em: 18 out. 2010.

PASSARELLI, Brasilina. O bibliotecário 2.0 e a emergência de novos perfis profissionais. DataGramaZero. V. 10, n. 6, dez. 2009. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/dez09/Art_01.htm>. Acesso em: 18 out. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 18/10/2010

Repositórios de vídeos – You Tube Edu

Repositórios de vídeos são serviços oferecidos para a organização e recuperação de vídeos, aqueles podem ser pagos ou gratuitos e possuem vídeos com os mais diferentes objetivos. (Rozados, 2010).

Repositórios de vídeos educacionais têm por objetivo propiciar um espaço de disponibilização de materiais  educativos, que servirão para contemplar e complementar assuntos pertinentes às aulas.

O You Tube, entre tantos repositórios, foi criado em 2005 com o objetivo de compartilhamento de vídeos e tornou-se o mais popular e com maior número de vídeos disponibilizados e assistidos diariamente. Caetano e Falkembach na seção “Como disponibilizar um vídeo no You Tube” ensinam passo a passo como proceder na hora de disponibilizar um vídeo. Também destacam a possibilidade da utilização do You Tube como repositório de material de apoio no processo educacional sendo no uso em EAD ou não.

O próprio You Tube possui um canal chamado You Tube Edu que é destinado a vídeos utilizados nas instituições de ensino. De acordo com informações disponíveis no site da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o You Tube Edu foi criado em março de 2009. Diversas universidades de grande reconhecimento mundial já aderiram ao canal. A busca de vídeos pode ser feita por área do conhecimento, pesquisa livre por assunto, ou por instituição de ensino.

 

Referências

CAETANO, Saulo Vicente Nunes; FALKEMBACH, Gilse A. Morgental. You Tube: uma opção para uso do vídeo na EAD. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2010.

ROZADOS, Helen Beatriz Frota. Tema 5: Repositório de vídeos. Informações em mídias digitais, 1 transparência, [2010], 20 p. Disponível em: Acesso em: 09 out. 2010.

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA. Faculdade de Ciência e Tecnologia. Laboratório e.Learning. You Tube Edu – Universidades no You Tube. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2010.

Publicado por: infoetecnologia | 07/10/2010

Vídeo: recurso educacional

O vídeo é um recurso de grande valia no processo educativo.

Assim como ressalta Miranda (2000), a globalização da informação influencia no processo de relacionamentos, passando de contextos locais para contextos globais. A tecnologia digital, segundo o autor, torna possível o uso de uma linguagem comum, na qual se encontra também o vídeo. Propostas estas que querem democratizar a informação tirando desta a idéia de mercadoria, como tem sido tratada em muitos segmentos.

Moran (1995),chama a atenção ao fato do vídeo mexer com o emocional, sensibilizar através da imagem e som. No processo educativo, quando usado a fim de acrescentar informações sobre o tema trabalhado em sala de aula, poderá dar um significado novo, diferente ao aluno. O vídeo ainda pode ser explorado de maneira diferenciadas, com propostas que podem ir desde a sensibilização, ilustração, até reprodução, avaliação. O aluno pode, inclusive deixar de ser espectador e passar a ser ator, num processo de criação.

Dallacosta e colaboradores enfatizam dificuldade de encontrar vídeos adequados neste processo de ensino-aprendizagem. E paralelo a discussão sobre a importância da indexação e maneiras de descrever o conteúdo dos vídeos, apresentam o MPEG-7 que seria “ um padrão para a descrição das informações estruturais e semânticas de conteúdos multimídia, que foi desenvolvido pelo MPEG (Moving Pictures Experts Group).” Esse programa permite fazer uma descrição ‘segmentada’, ao buscar determinado vídeo é possível localizar o exato trecho procurado. Dessa maneira o vídeo vai de encontro com propostas não-lineares de construção do conhecimento. No vídeo digital é possível avançar, voltar, pausar, enfim, interagir de diversas maneiras.

De maneira geral o vídeo é um ótimo recurso a ser usado na sala de aula, no ensino a distância ou como fonte de informação para os mais diversos objetivos. O vídeo digital por poder ser disponibilizado mais facilmente na web tem uma abrangência maior, no entanto deve estar adequadamente indexado (descritores, metadados) para que possa ser localizado facilmente.

DALLACOSTA, Adriana; SOUZA, Daniela Debastiani de; TAROUCO, Liane Margarida Rockenbach; FRANCO, Sérgio Roberto Kieling. O vídeo digital e a educação. Disponível em:< http://www.adrianadallacosta.com.br/pdfs/5427.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.

MIRANDA, Antonio. Sociedade da informação: globalização identidade cultural e conteúdos. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 78-88, maio/ago. 2000.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Comunicação e Educação, São Paulo, jan./abr. 1995.

Publicado por: infoetecnologia | 26/09/2010

Bancos de imagens e indexação

A necessidade de uma nova configuração de busca para as informações, que envolvesse mais rapidez e agilidade no processo, fez com que fossem criados bancos de informação. Neste post, trato especialmente da indexação em bancos de imagens.

 “O gerenciamento eletrônico de documentos tem se tornado tema atual de muitos eventos da área da tecnologia da informação e sido apresentado como solução para os problemas de disposição e busca de informações em arquivos, bibliotecas e centros de documentação.” (BARBIERI; INNARELLI; MARTINS, p. 10, 2002)

 Em seguida os autores destacam ainda a dificuldade em se utilizar softwares disponíveis no mercado e a escassez de material para embasar a criação de bases que atenderiam às necessidades de maneira específica.

Os bancos de dados podem ser organizados de diversas maneiras, que dependerá dos seus usuários. Rozados (1997), relata o caso do Banco de Dados em Jornal. Em específico, ressalto a infobase das imagens. Estas estão disponíveis principalmente para os jornalistas do jornal em questão e, através do metadados podem ser acessados de maneira fácil e eficiente.

            Oliveira (2004) apresenta uma reflexão sobre o pesquisador de imagens que, na verdade é um pesquisador de palavras pois em sua busca ele precisa verbalizar a imagem que procura. Aí entra a questão da indexação que é a maneira pela qual se poderá recuperar determinado documento. A indexação de imagens é diferente da indexação de documentos escritos.

Por ser imagem, deve num banco de dados, ter a possibilidade de busca através das características físicas, termos coerentes, atualizados e validados pelo usuário.

            Muñoz Castaño (2001) diz que para a indexação e recuperação é preciso usar termos intrínsecos da imagem. Ressalta a importância dessa verbalização ser feita por análise documental, categorias, descritores, títulos e legendas, uma vê que há vasta opção de verbalização. Desse modo se faz necessário o uso de tesauros que tenham termos específicos e subjetivos. Como exemplo ele cita diversos bancos de imagens e suas opções de filtros nas buscas que garantirão a recuperação da informação pelos mais diversos caminhos.

REFERÊNCIAS

BARBIERI, Cristina Correia Dias; INNARELLI, Humberto Celeste; MARTINS, Neire do Rossio. Gerenciamento eletrônico de documentos: criação de um banco de informações e imagens no Arquivo Permanente da UNICAMP. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS BIBLIOTECAS CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO E MUSEUS,1.,2002. Textos… São Paulo: Imprensa Oficial, 2002. p.53-66.

MUÑOZ CASTAÑO, Jesús E. Bancos de imágenes: evaluación y análisis de los mecanismos de recuperación de iágenes. El profesional de La información, v. 10, n. 3, mar. 2001.

OLIVEIRA, Vanda de Fátima Fulgêncio de. O pesquisador de palavras e o pesquisador de imagens: reflexões sobre a organização de imagens em artes. Educação Temática Digital, Campinas, v. 6, n. 1, p. 10-22, dez. 2004.

ROZADOS, Helen Beatriz Frota. O jornal e seus bancos de dados: uma simbiose obrigatória. Ciência da Informação, Brasília, v. 26, n. 1, jan./abr. 1997. 

 

Publicado por: infoetecnologia | 22/09/2010

A fotografia como fonte de informação

A fotografia surge no século XIX. Primeiramente teve seu foco mais centrado nas fotos de família, grandes eventos e marcos históricos devido ao seu alto custo. Aos poucos foi evoluindo na técnica e popularizando-se, ainda com fotografia analógica. Com o surgimento da fotografia digital nos anos 1980, segundo Oliveira, houve uma ruptura entre os profissionais que trabalham com fotografia pelo fato da necessidade do acompanhamento das novas técnicas e certa resistência por parte de alguns profissionais. A câmera digital popularizou e tornou-se acessível a um público ainda maior. Hoje todos podem fotografar, as câmeras simples têm preço acessível e grande parte dos aparelhos celulares já vêm com uma câmera embutida.

A fotografia sempre foi uma boa fonte de informação por registrar e transmitir de maneira real determinado objeto/situação. Segundo Brigidi (2009), o fotógrafo, no entanto, é como se fosse um “filtro cultural” justamente por ser ele quem pode definir o aspecto a ser registrado com maior ênfase. Ao usar uma foto como fonte de informação é preciso ter atenção especial pois esta  – em especial a digital – pode ser manipulada facilmente em diversos softwares.

Benjamin (1987) chamou a atenção para o uso de legendas, uma vez que o objeto fotografado precisa estar “localizado” para que o ‘leitor’ da imagem possa contextualizar-se.

Brigidi (2009, f. 28) ainda destaca que: “É conveniente que o leitor de imagens saiba como, porque e para quê a fotografia foi projetada. Estas informações irão orientar a leitura da fotografia e serão necessárias para definir se ela pode ou não ser utilizada como uma fonte de informação.”.

                Em seguida salienta que a utilização da foto varia de acordo com a intenção de quem usará a fonte e caracteriza as fotografias como: documentos históricos (de valor individual, coletivo, individual que passou a coletivo); fotojornalismo; fotopublicidade.

            A fotografia comunica de diversas maneiras, cada pessoa vê a foto de maneiras diferentes, cada fotógrafo clica e enfatiza determinado elemento, cada um usa a imagem com finalidades diferentes e, devido à dinâmica e importância dela na sociedade, deve ser, segundo Brigidi (2009), considerada documento e tratada como tal para que possa ser de fato uma fonte de informação.

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Walter. Pequena história da fotografia. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BRIGIDI, Fabiana Hennies. Fotografia: uma fonte de informação. 2009. 71 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)-Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

OLIVEIRA, Erivam Morais. Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital. Disponível em < http://www.bocc.uff.br/pag/oliveira-erivam-fotografia-analogica-fotografia-digital.pdf&gt;.  Acesso em: 13 set. 2010.

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